Fenilefrina: Propriedades, Uso, Mecanismo e Segurança
O que é Fenilefrina?
A fenilefrina é um agente simpatomimético seletivo, classificado como um agonista dos receptores alfa-1 adrenérgicos. É amplamente utilizada em medicina para tratamento de hipotensão, congestão nasal, e como midriático em exames oftalmológicos.
Fórmula Química
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Nome IUPAC: (R)-3-[(1R)-1-Hidroxi-2-(metilamino)etil]fenol
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Fórmula molecular: C₉H₁₃NO₂
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Peso molecular: 167,21 g/mol
Propriedades Físico-Químicas
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Estado físico: sólido cristalino branco a ligeiramente amarelado
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Solubilidade: solúvel em água e álcool
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Ponto de fusão: 131–135 °C
Mecanismo de Ação
A fenilefrina atua como um agonista seletivo dos receptores alfa-1 adrenérgicos, promovendo vasoconstrição ao estimular essas fibras musculares lisas dos vasos sanguíneos. Isso resulta em aumento da resistência vascular periférica e consequente elevação da pressão arterial.
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Efeito vasoconstritor: reduz congestão nasal, utilizado em descongestionantes tópicos.
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Efeito midriático: dilatação da pupila sem paralisação da acomodação, utilizado em exames oftalmológicos.
Indicações Clínicas
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Hipotensão arterial: para elevação rápida da pressão arterial em casos de choque ou hipotensão perioperatória.
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Congestão nasal: presente em sprays e colírios descongestionantes.
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Midríase: para exames oftalmológicos e cirurgias oculares.
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Tratamento de priapismo: em algumas formulações intracavernosas.
Farmacocinética
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Administração: oral, intravenosa, tópica (nasal e oftálmica).
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Absorção: oralmente, é absorvida, mas sofre metabolismo de primeira passagem, reduzindo sua biodisponibilidade.
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Metabolismo: principalmente hepático via desaminação.
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Meia-vida: aproximadamente 2-3 horas quando administrada por via intravenosa.
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Excreção: renal, na forma metabolizada.
Dosagem e Administração
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Via intravenosa: dose inicial de 0,5 mg a 1 mg para controle da hipotensão, ajustada conforme resposta clínica.
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Via oral: utilizada em formulações específicas para congestão nasal.
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Tópica nasal: uso limitado e por curto período devido ao risco de taquifilaxia.
Efeitos Adversos
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Hipertensão
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Bradicardia reflexa
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Arritmias
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Cefaleia
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Ansiedade e tremores (menos comuns)
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Irritação nasal ou ocular (com uso tópico)
Contraindicações
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Hipersensibilidade à fenilefrina
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Hipertensão grave
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Taquiarritmias
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Feocromocitoma (tumor adrenal produtor de catecolaminas)
Interações Medicamentosas
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Potencializa o efeito de outros agentes vasoconstritores.
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Pode antagonizar anti-hipertensivos alfa-bloqueadores.
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Uso concomitante com inibidores da MAO pode aumentar risco de hipertensão grave (reação potencialmente fatal).