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Crioboxes

Crioboxes: organize e proteja amostras no −80°C/LN2 com rastreabilidade. Veja modelos, checklist e boas práticas e otimize seu biobanco hoje. Faça melhor.
Dafratec
Por: Dafratec | Em 08/10/2025 | Termo
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Crioboxes: organização criogênica para amostras biológicas com segurança e rastreabilidade

Crioboxes são caixas padronizadas para armazenamento criogênico que organizam criotubos em grades (geralmente 9×9 ou 10×10), facilitando a identificação, o transporte e a rastreabilidade de amostras em temperaturas ultrabaixas.

Saiba Tudo Sobre Crioboxes

Em biobancos e laboratórios clínicos, as crioboxes integram boas práticas de biossegurança e gestão de amostras recomendadas por órgãos de referência. As diretrizes do National Cancer Institute (NCI) e o manual de biossegurança da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentam princípios que impactam diretamente o design, a rotulagem e o uso de crioboxes em armazenamento a vapor ou líquido de nitrogênio.

Uma atualização relevante para o contexto de crioboxes é a quinta edição (2023) das recomendações da ISBER, que consolida boas práticas para repositórios de amostras biológicas e reforça padrões para armazenamento, rotulagem e rastreabilidade no biobanking moderno. Consulte o documento institucional: ISBER Best Practices 2023.

Nesse artigo você encontrará

  • Definição de crioboxes e seu papel em biobancos.
  • Normas e recomendações de instituições (NCI, OMS, ISBER).
  • Materiais, formatos e compatibilidade das crioboxes.
  • Rastreabilidade, codificação 2D e redução de erros.
  • Condições criogênicas: temperaturas e segurança.
  • Organização, inventário e layout de freezers LN2/ULT.
  • Boas práticas de rotulagem, documentação e auditoria.
  • Erros comuns e como mitigá-los.
  • Critérios de compra e checklist de implantação.
  • FAQ com dúvidas frequentes.
Em biobancos, crioboxes são o “endereço físico” da amostra: onde está, como está e por quanto tempo ficará.

O que são crioboxes no contexto de biobancos

Em termos práticos, crioboxes agrupam criotubos de 0,5 a 5,0 mL em uma matriz fixa, permitindo posicionamento padronizado (A1–J10 etc.). Essa padronização torna viável integrar leitores de código, sistemas LIMS e procedimentos de inventário.

As crioboxes oferecem proteção mecânica, isolamento relativo durante manuseio rápido e organização sistemática para reduzir erros de troca de posição e de identificação, aspectos reiterados em diretrizes institucionais como as NCI Best Practices.

Crioboxes e diretrizes institucionais (NCI, OMS, ISBER)

Segundo o NCI, boas práticas devem orientar coleta, processamento e armazenamento, privilegiando padronização e rastreabilidade em todo o ciclo de vida da amostra (NCI Best Practices). As crioboxes contribuem para esse objetivo ao fornecerem um contêiner modular compatível com catálogos e mapas físicos.

O Manual de Biossegurança de Laboratório da OMS (4ª ed.) enfatiza que recipientes e tubos devem ser adequados ao armazenamento em nitrogênio líquido e corretamente rotulados, em especial quando expostos a vapor ou imersão. A versão em PDF destaca, de forma literal, o uso de tubos explicitamente apropriados para criogenia, minimizando risco de fratura durante o armazenamento em LN2 (ver citação).

A ISBER 2023 consolida recomendações para repositórios, incluindo controle de inventário, integridade de dados e interface com automação e leitores 2D.

Diretrizes institucionais alinham o uso de crioboxes com qualidade de dados, biossegurança e reprodutibilidade.

Materiais e formatos de crioboxes: como escolher

As crioboxes são fabricadas em papelão tratado (cartão criogênico), polipropileno (PP) ou policarbonato (PC). O cartão é leve e econômico, mas menos durável sob uso intensivo; PP/PC oferecem maior robustez, superfície lisa para rotulagem e tolerância repetida a ciclos de gelo/condensação.

Formatos comuns incluem 81 posições (9×9) e 100 posições (10×10), alturas de 50–130 mm e tampas com janelas para mapear linhas/colunas. A escolha do formato deve refletir o diâmetro do criotubo, a altura útil do rack do freezer e a densidade por prateleira.

Crioboxes compatíveis com LN2 e ULT

Para tanques de nitrogênio líquido, é crucial confirmar compatibilidade do material e do criotubo com armazenamento em vapor/imersão e temperaturas por volta de −196 °C, ponto de ebulição do nitrogênio (NIST Chemistry WebBook). Para freezers ULT (−80 °C), PP/PC são amplamente utilizados pela estabilidade e baixa absorção de umidade.

Verifique sempre a compatibilidade com LN2 e a resistência do conjunto criotubo + criobox às temperaturas alvo.

Rastreabilidade: crioboxes, códigos 2D e LIMS

O controle de posição (por exemplo, “Box B3, célula F07”) é a base do inventário. Em biobancos modernos, crioboxes operam integradas a códigos de barras 1D/2D em criotubos e a leitores de racks, reduzindo erros de identificação e acelerando conferência.

Estudos acadêmicos e revisões técnicas mostram que a adoção de tubos com códigos 2D favorece a atribuição inequívoca e a automação do fluxo de trabalho (De Gruyter, 2019). Revisões no PubMed indicam que soluções automatizadas e codificação robusta diminuem erros pré-analíticos e simplificam identificação e armazenamento (PMC/NLM).

Erro de rotulagem: por que as crioboxes importam

Erros de rotulagem são reconhecidos como um problema relevante em estudos de grande escala. Sínteses recentes mostram a necessidade de controles e reconciliação de dados para reduzir trocas de amostras (PMC/NLM).

Em projetos biológicos, taxas elevadas de erro podem prejudicar conclusões. Por isso, mapear posições em crioboxes, empregar redundância de códigos e registrar eventos (entrada/saída, degelo) são práticas essenciais, em linha com recomendações do NCI.

Crioboxes não evitam erros sozinhas; o ganho vem da combinação com rotulagem robusta, SOPs e auditorias.

Condições criogênicas: segurança e integridade com crioboxes

Em nitrogênio líquido, o ponto de ebulição em torno de 77 K (≈ −196 °C) define o ambiente de referência para armazenamento de longo prazo (NIST). Essas temperaturas exigem EPI adequado e recipientes certificados.

A OMS orienta que apenas tubos indicados pelo fabricante como adequados para LN2 sejam utilizados, reduzindo o risco de quebra e vazamento durante armazenamento em fase líquida ou vapor (OMS, PDF). Isso se estende ao uso de crioboxes: os materiais e tampas devem suportar ciclos térmicos e condensação.

Layout de tanques e freezers: onde as crioboxes entram

Em tanques LN2, crioboxes residem em cestos/canisters com colunas (“stacks”), permitindo recuperar caixas específicas com mínima exposição. Em freezers ULT, crioboxes são organizadas por prateleiras e subracks, com mapas que alimentam o LIMS. Documentos de melhores práticas, como o do NCI e a ISBER 2023, destacam o planejamento do layout para minimizar abertura de porta, tempo fora do frio e ciclos de degelo.

Mapeie posições, minimize aberturas e registre cada movimento de caixa: integridade térmica depende de disciplina operacional.

Boas práticas com crioboxes: rotulagem, SOPs e inventário

Para que crioboxes cumpram seu papel, as práticas devem ser padronizadas: codificação consistente, SOPs de manuseio e inspeção de integridade física. O NCI recomenda que princípios orientem a criação de procedimentos detalhados no nível institucional (NCI).

Inclua na rotina a verificação de tampas, integridade de alvéolos, legibilidade de marcações, além de auditorias de posição (por amostragem) e reconciliação com o LIMS. Em ambiente automatizado, leitores de rack e câmeras inferiores agilizam conferência, conforme revisão técnica sobre automação (De Gruyter).

Checklist essencial para uso de crioboxes

  • Validação de compatibilidade de material com a temperatura alvo (LN2 ou −80 °C) — NIST.
  • Rotulagem redundante (texto + 2D) e mapa de posições integrado ao LIMS — PMC/NLM.
  • Treinamento e SOPs para abertura rápida, retorno e reconciliação após retirada — ISBER 2023.
  • Inspeção periódica do estado físico das crioboxes e substituição programada — NCI.
  • Conformidade com diretrizes de biossegurança — OMS.

Esse checklist fornece um arcabouço prático para implementar crioboxes com foco em integridade da amostra e rastreabilidade.

Controle de inventário começa no nível da caixa: sem mapa confiável de crioboxes, não há cadeia de custódia sólida.

Aplicações de crioboxes por tipo de amostra

Crioboxes são usadas para sangue total, soro, plasma, PBMC, tecidos criopreservados, DNA/RNA e microrganismos. A escolha da altura e do material da caixa depende do volume do tubo e do tipo de tampa (rosca interna/externa), sempre observando a compatibilidade com armazenamento criogênico conforme orienta a OMS.

Qualidade pós-armazenamento deve ser monitorada. Avaliações publicadas registram estratégias para manter integridade de tecidos, reforçando a importância do controle de pré-analítica, congelamento rápido e rastreabilidade física (posição em crioboxes) (PLOS ONE, 2019).

Erros comuns no uso de crioboxes e como mitigar

  • Mapas desatualizados: conduzem a perdas de amostras e reaberturas desnecessárias. Mitigação: reconciliação periódica e registros de movimentação — NCI.
  • Rotulagem frágil: etiquetas que falham em −80 °C/LN2. Mitigação: adoção de códigos 2D em tubos e redundância — De Gruyter.
  • Incompatibilidade de material: criotubos não certificados para LN2. Mitigação: seguir a orientação literal da OMS — OMS.
  • Exposição prolongada fora do frio: degradação enzimática. Mitigação: planejamento de retirada e retorno rápido — ISBER 2023.

Ao tratar erros como eventos rastreáveis no LIMS e ajustando SOPs, o uso de crioboxes torna-se mais consistente e auditável.

Erros acontecem; protocolos e crioboxes bem mapeadas transformam incidentes em lições e não em perdas definitivas.

Critérios de compra de crioboxes para seu laboratório

Ao selecionar crioboxes, considere: compatibilidade térmica (LN2/−80 °C), material e durabilidade, transparência da tampa, grade e altura, legibilidade de marcações, compatibilidade com racks/canisters e leitores, e a aderência a boas práticas de NCI/ISBER. Esses critérios se conectam às recomendações institucionais para padronização e reprodutibilidade (NCI; ISBER).

Checklist de aquisição

  • Dimensão/altura compatível com seus racks e com o diâmetro dos criotubos.
  • Material (PP/PC) com desempenho mecânico adequado ao manuseio e condensação.
  • Tampa com janela e marcação clara de linhas/colunas.
  • Compatibilidade com leitores de rack (quando houver automação).
  • Superfícies adequadas para etiquetas resistentes a −80 °C/LN2.
  • Documentação do fabricante atestando uso em criogenia (alinhado à OMS).

Essa análise orienta compras mais assertivas, evitando substituições precoces e inconsistências de inventário.

Padronize modelos de crioboxes por tipo de amostra para simplificar mapear posições e treinar equipes.

Implantação prática de crioboxes: passos recomendados

  • Mapeamento inicial: desenhe a arquitetura do freezer/tanque e a numeração de pilhas e prateleiras.
  • Taxonomia de caixas: defina prefixos por estudo, tipo de amostra ou coorte.
  • Rotulagem e redundância: combine rótulos externos legíveis com códigos 2D nos tubos (De Gruyter).
  • SOPs e treinamento: procedimentos de retirada/devolução e reconciliação de posição (NCI/ISBER).
  • Auditoria: amostragem periódica, checagens de consistência e registros de não conformidades (NCI).

Com esses passos, a adoção de crioboxes contribui para um ecossistema de biobanco mais previsível e rastreável.

Crioboxes são pequenas unidades físicas que habilitam grandes sistemas de qualidade.

FAQ sobre crioboxes

1) O que são crioboxes?

Crioboxes são caixas padronizadas que organizam criotubos em grades, permitindo armazenamento, localização e rastreio eficiente de amostras criogênicas.

2) Crioboxes funcionam em freezers −80 °C e em LN2?

Sim, desde que o material e os criotubos sejam compatíveis com a temperatura alvo. Para LN2, siga a orientação da OMS e utilize recipientes certificados (OMS).

3) Como as crioboxes ajudam na rastreabilidade?

Elas impõem uma matriz de posições (A–J, 1–10) que se integra ao LIMS, reduzindo ambiguidades e facilitando auditorias (NCI).

4) Preciso usar códigos 2D nos tubos?

É recomendado, pois códigos 2D favorecem atribuição inequívoca e automação, reduzindo erros pré-analíticos (De Gruyter; PMC/NLM).

5) Qual é a temperatura de referência no LN2?

A referência é o ponto de ebulição do nitrogênio, em torno de −196 °C (77 K), conforme dados do NIST.

6) Como definir a altura/grade das crioboxes?

Baseie-se no diâmetro/altura dos criotubos, clearance do rack e densidade desejada (9×9 ou 10×10), mantendo legibilidade e acesso seguro.

7) Quais documentos devo consultar para SOPs com crioboxes?

Use as NCI Best Practices, a ISBER 2023 e o Manual da OMS como referências institucionais para desenvolver SOPs locais (NCI; ISBER; OMS).

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